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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Eleja a "Personalidade do Ano - OverDrama" no Teatro




Na sua opinião, quem foi a PERSONALIDADE DO ANO no teatro gaúcho?

Criatividade, excelência e dedicação. Estas foram as características que nortearam a escolha dos 11 profissionais eleitos pela equipe do programa OVERDRAMA - Mínima FM para figurarem na lista final dos artistas que mais se destacaram em 2013.

Agora é você quem decide: VOTE no seu favorito até às 23h59 do dia 29/12 através do link abaixo. O resultado será divulgado ao vivo no primeiro episódio de 2014, que vai ao ar dia 06/01. Até lá!



Para conhecer os nomes selecionados e votar, CLIQUE AQUI:

sábado, 19 de outubro de 2013

"9 Mentiras Sobre a Verdade" faz últimas apresentações da 2º temporada em São Paulo / SP




Dia 19 de outubro, SÁBADO, às 20h

20 de outubro, DOMINGO, às 19h

Teatro Martin Penna - Centro Cultural da Penha
(Rua Largo do Rosário, 20 - Penha)

R$ 10,00 inteira | R$ 5,00


Com Vanise Carneiro | Direção: Gilson Vargas | Texto: Diones Camargo | Realização: Cia. Teatro Líquido

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sábado, 21 de setembro de 2013

"9 Mentiras Sobre a Verdade" volta a cartaz em SP

Após percorrer diversos festivais nacionais e internacionais, é a vez do Teatro Martins Penna, no Centro Cultural da Penha, na zona leste, receber, de 20 de setembro a 20 de outubro, o monólogo 9 Mentiras Sobre a Verdade, da Cia. Teatro Líquido.

O elogiado espetáculo nos apresenta Lara, uma dona de casa e suposta atriz de cinema que tem uma vida sem graça. Frustrada, ela começa a inventar experiências e misturá-las aos filmes. Essa imaginação transbordante a obriga a ir parar num grupo para mentirosos compulsivos. Escrito pelo dramaturgo gaúcho Diones Camargo, o texto foi indicado ao Prêmio Açorianos de Melhor Dramaturgua 2010. A direção é do cineasta Gilson Vargas.

Interpretada pela premiada atriz Vanise Carneiro, Lara é uma mulher perdida no limiar entre a realidade e ficção, cuja existência encontra-se num momento decisivo, onde o cotidiano intolerável parece não oferecer mais saída. Pelo seu desempenho sensível e sutil, numa atuação repleta de nuances que transita constantemente entre o cômico e o dramático, Vanise Carneiro recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010, além de diversos elogios da crítica e do público.

As apresentações do monólogo acontecem às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h. A entrada custa R$10.




O QUÊ: 9 Mentiras Sobre a Verdade

QUANDO: de 20 de setembro a 19 de outubro. Sextas e Sábados às 20h de e domingos às 19h

QUANTO: R$ 10 reais (inteira); R$ 5 (meia entrada)

ONDE: Teatro Martins Penna - Centro Cultural Penha | Largo do Rosário, 20 Penha - (11) 2295-9624

MAIS INFORMAÇÕES: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/dec/cc_penha/



CRÍTICAS SOBRE O ESPETÁCULO:


Vanise encontra um registro delicado de dissimulação da ansiedade, deixando escapar pelas frestas de seu discurso e de seus gestos a insegurança e o tormento interno da personagem.

Luciana Ramagnolli, jornalista e crítica teatral, para o site FENTEPP - Festival Nacional de Teatro Presidente Prudente


"O gênero do monólogo no teatro é lembrado muitas vezes por ter um texto pesado e talvez até maçante. Não é o caso dessa peça (...) A atriz Vanise Carneiro possui um magnetismo digno dos ícones da época de ouro do cinema americano. Ela cativa a imaginação do espectador do começo ao fim do espetáculo, com muita leveza e provocando risos e muita identificação entre o público."

Marco Vieira, jornalista e crítico teatro, especial para o site NE10

 “... é um trabalho que prende a atenção e encanta pela qualidade geral e pelas particularidades que evidencia (...) a partir de um texto muito interessante de Diones Camargo, resultando numa encenação concebida pelo próprio autor, a atriz e o diretor Gilson Vargas.

Antônio Hohlfeltd, crítico teatral, no Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul


 “9 Mentiras Sobre a Verdade arranja-se bem nas inversões de expectativas. É teatro apropriando-se sutilmente da linguagem do cinema não para narrar em projeções, mas configurar imagens que as palavras dizem ou que os poucos adereços e objetos vintage deixam entrever no palco.

Valmir Santos, crítico e jornalista, no blog Telejornal



sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Efeito do Tempo na Criação de uma Peça

Como eu posso explicar aquilo? Bem, creio que a pergunta deveria ser 'como falar sobre o que houve nesta manhã sem me referir ao que aconteceu antes – muito tempo antes?'. Deve haver algum jeito, eu sei... afinal de contas, era isso o que os livros de História tentavam fazer, não é mesmo? Isso quando ainda existiam livros, é claro. E, principalmente, quando ainda existia História. Mas mesmo naquela época este era o objetivo: resumir tudo num grande gráfico lógico e compreensível; traduzir toda a complexidade humana em termos simples e assimiláveis – a evolução simplificada ao máximo, a ponto de caber em um mísero bit... 'certo / errado', 'verdadeiro / falso', 'isto / aquilo'... mas e o que tem no meio? Você já se perguntou sobre isso? O que diabos existe entre uma coisa e outra?

Trecho da peça Último Andar


Em 2004, comecei a escrever o que chamo atualmente de minha peça ZERO. Naquela época eu havia acabado de sair de um emprego no qual trabalhava em regime de semiescravidão psicológica, num videoclube de DVDs que fez história entre meus amigos e ao qual eu dedicava não somente parte dos meus dias, como também doava – em troca de um mísero salário – parte da minha capacidade intelectual e julgamento crítico, além de um certo conhecimento sobre cinema e arte.


Até que um dia fui informado que a tal loja estava falindo e que em poucas semanas eu seria demitido, sem nunca ter visto nem 10% do que haviam me prometido em quase dois anos de exploração consentida. E foi aí que decidi que eu ia parar com aquela procrastinação e fazer o que quisesse da minha vida. Ia começar escrevendo uma peça - sim, uma peça! Hoje, passados quase 10 anos isso parece algo natural, afinal de contas as pessoas escrevem peças, e por aqui cada vez mais, mas naquela época isso parecia improvável não somente porque eu nunca tinha escrito um texto para teatro, mas também porque não existia nem formação nem sequer incentivo pra isso em Porto Alegre, pelo menos não tanto e tão efusivamente quanto hoje. Portanto, com o tempo todo em meu favor, decidi que me trancaria no apartamento que dividia com uma amiga e usaria o dinheiro da rescisão do contrato (uma miséria, por suposto) para me dedicar somente a escrever e a estudar pro vestibular (decidi também parar de enrolar e entrar no Departamento de Arte Dramática da UFRGS de uma vez por todas). Por sorte eu tenho disso: em certas épocas da minha vida eu sei bem o que quero e foco nas coisas com convicção. Então, dividia o meu tempo entre a escrita, estudos, leituras e os afazeres da casa, da qual eu quase não conseguia sair, nem sequer para passear (nessa mesma época comecei a namorar um garoto, mas nem isso me tirou do objetivo principal a que havia me imposto). E eis que, num período de cerca de três meses fiz vestibular (e fui aprovado) e escrevi a tal peça ZERO, uma história sobre personagens aprisionados numa realidade distópica de um futuro reconhecível. Porém, mais uma vez, um fracasso. A peça era tosca, "estranha" na opinião de quem a lia. Mas apesar disso havia ali uma semente que me fascinava: a história de uma tímida secretária em processo de franca dissociação psicológica trancada num escritório - uma personagem que escrevi com toda a força e espontaneidade que a série de eventos anteriores podia proporcionar. Mesmo assim, engavetei-a e parti pra coisas mais importantes naquele momento.


Cerca de dois anos depois comecei um novo trabalho. O contexto era outro: tinha escrito meu primeiro texto para teatro (Andy/Edie), recebido um importante prêmio nacional por ele; além disso, a estreia da respectiva montagem estava prevista para acontecer dali a um mês e os elogios de quem o lia eram recorrentes. Então, como dizia, foi nesse contexto de “autor reconhecido" que comecei a escrever uma segunda peça, uma ficção científica sobre dois homens subindo até o topo de um prédio de centenas de andares para ver a destruição de uma metrópole, à qual chamei de “Elevador”. Com o dinheiro do tal prêmio que recebi por Andy/Edie (que por sorte era bastante), decidi fazer outra coisa que sempre quis, mas que até então não havia tido condições: viajar ao exterior (com o objetivo, entre outros, de continuar a escrita dessa segunda peça por lá). O lugar escolhido não poderia ter mais a ver com a atmosfera geral da narrativa: a Finlândia. Olhando em retrospecto, talvez Tóquio ou Londres tivesse ainda MAIS a ver, mas ir para Escandinávia tinha em si um quê estranhamento (na época não conhecia ninguém que tivesse ido até lá) e também uma certa frieza de hábitos que serviria a um texto sobre o fim do mundo. E serviu, de fato.... Porém, ao contrário do que imaginei ao embarcar, não consegui dar continuidade ao texto enquanto estive por lá; me contentei em terminar o relacionamento com o tal rapaz que conhecera dois anos antes, me deprimir e escrever contos aleatórios e confessionais falando sobre essa ruptura, contos esses até hoje inéditos.


Só no retorno ao Brasil é que voltei também ao tal texto. Dessa vez, porém, decidi que ia resgatar a história da secretária do limbo dos escritos perdidos e uni-la à narrativa dos dois homens num futuro apocalíptico. Escrevi a obra em períodos espaçados, enquanto produzia outras coisas ao mesmo tempo. Um ano depois, no final de 2007, recebi outro importante prêmio de dramaturgia (a Bolsa Funarte de Estímulo à Dramaturgia), dessa vez para concluir exatamente essa peça. Durante longos meses eu me debrucei sobre o texto e o terminei, finalmente, em junho de 2008. Um mês depois, recebi um parecer da comissão da Funarte que dizia:

Da região Sul ‘Elevador’, de Diones Camargo, cumpriu também com qualidade, competência, revelando uma linguagem contemporânea, com agilidade, humor, fluência dramática e dramatúrgica.

E ainda que tenha sido o único dos 11 textos selecionados pela bolsa a receber uma avaliação entusiasmada dos jurados e não ter sequer uma sugestão de alteração em seu conteúdo, mesmo assim, de lá pra cá, todo ano reviso o tal texto e o reescrevo um pouco, tentando equilibrar a história da secretária com a dos dois homens, refinando os diálogos e os pontos dramáticos de forma a deixar a trama mais ágil e crível, ao mesmo tempo que aproveito para atualizar as referências. No ano passado enviei uma versão revisada para um editor em Cuba que estava selecionando textos de autores brasileiros contemporâneos para serem publicados por lá. A peça foi selecionada e será publicada junto com obras de dramaturgos reconhecidos no Brasil, tais como Newton Moreno, Jô Bilac, Rodrigo Nogueira, Sérgio Roveri e Aimar Labaki. E em maio desse ano a peça Último Piso (sua tradução em espanhol), foi lida em Havana.


Isso mesmo, depois de tanta história, tantas horas de revisões e tantas modificações, a pela "Elevador" agora se chama Último Andar e ontem a noite foi finalmente lançada aqui em Porto Alegre numa leitura dramática com o elenco da Cia. Stravaganza, com direção de Liane Venturella, que interpretou a secretária Cecília. O público foi super-receptivo e se manteve firme até o final das 70 páginas. Um texto difícil, repleto de referências à literatura e ao cinema de Ficção Científica, mas que aparentemente agradou não apenas pela sua pertinência temática mas pelo seu humor alucinante e absurdo. Aproveito para agradecer aqui às pessoas que estiveram presentes na leitura dramática e à generosidade demonstrada com a obra, e agradeço também aos atores e artistas que levaram à cena, mesmo que por um período tão breve, porém de um jeito tão intenso, as minhas palavras.


Agora, depois de quase 10 anos de reescrita constante, sinto que ela está quase pronta para seguir por aí por conta própria. Assim, em breve encerrarei - finalmente - o meu trabalho nessa peça, mas só o farei quando tiver a plena sensação de missão cumprida. Uma missão a qual eu me dediquei todos esses anos, mas que fez valer cada hora desde que comecei nessa longa jornada. Um caminho árduo para narrar, ironicamente, uma história que se passa num único dia dos seus personagens, em uma peça que tomou quase uma década de vida do seu autor. O resto só o tempo (e o público) dirá (ão).




quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ficção científica inédita no Brasil será lançada hoje




PEÇA INÉDITA NO BRASIL | ENTRADA FRANCA

Numa sociedade futurista, onde androides e arranha-céus de centenas de andares fazem parte do imaginário cotidiano dos seus habitantes, dois homens encontram-se num dos elevadores do prédio mais alto da cidade - uma metrópole dominada pelo medo e que está prestes a ser varrida do mapa. Enquanto eles travam um tenso diálogo tentando decifrar as reais intenções um do outro, Cecília, uma tímida secretária de aproximadamente 50 anos passa o dia trancada num dos escritórios do mesmo prédio tentando dar conta das inúmeras tarefas que lhe são impostas pelo seu chefe e pelas pessoas à sua volta. Seu único confidente é Mungo, um camaleão mantido como o mascote da empresa, uma criatura que em outras épocas vivia livre na natureza, mas que agora serve a um impessoal mecanismo de controle criado pela mesma civilização que está a um passo da extinção.

 O texto - uma fábula política-futurista-distópica inspirada nas peças de Brecht, Beckett e em quadrinhos do Batman - continua inédito no Brasil (a peça foi lançada em Havana, Cuba, em maio desse ano, país onde será publicada em breve)



 ÚLTIMO ANDAR

Com Cassiano Ranzolin | Fernando Kike Barbosa | Janaina Pelizzon | Liane Venturella | Rafael Guerra | Rodrigo Mello |

Direção: Liane Venturella


 ESTA OBRA FOI SELECIONADA PELA BOLSA FUNARTE DE ESTÍMULO À DRAMATURGIA



domingo, 7 de julho de 2013

Por uma dramaturgia que ultrapasse as fronteiras

Depois de ver algumas das minhas peças circulando por diversas capitais brasileiras e ter algumas delas apresentadas e publicadas também no exterior (leia mais aqui), chegou a vez de outro dos meus textos estrear no centro do país: Hotel Fuck - Num Dia Quente a Maionese Pode Te Matar, ambicioso e exuberante projeto da Santa Estação Cia. de Teatro que será apresentada neste mês em SP e em agosto no RJ. 


Pra ser mais preciso, a estreia de Hotel Fuck fora do RS ocorreu ainda no ano passado quando estivemos em Campinas/SP para apresentarmos a saga completa durante um final de semana. Depois disso, em abril deste ano, apresentamos no Festival de Teatro de Curitiba com uma incrível recepção do público que lotou as duas sessões no espaço da Sutil Cia. de Teatro. A diferença é que agora Hotel Fuck chegará às capitais de SP e RJ para a última etapa da circulação financiada pelo Prêmio Myram Muniz 2011. Uma viagem que encerra uma fase do próprio espetáculo e que, esperamos, talvez abra espaço para futuras viagens para outras regiões do país.

"Hotel Fuck" na programação do Festival de Teatro de Curitiba, em abril desse ano

Para aqueles que acompanham um pouco do meu trabalho, não é segredo que a saga em 3 episódios comandada pela incansável diretora, professora e pesquisadora Jezebel de Carli é das que eu considero uma das minhas melhores peças - uma evolução pessoal em termos de escrita, estrutura e narrativa; uma jornada sombria e irônica de personagens "quadrinescos" envoltos em questionamentos existenciais, além de um retrato da overdose de referências culturais em que nós e boa parte do público contemporâneo estamos imersos. O espetáculo, que será apresentado em São Paulo/SP nos dias 12, 13 e 14 de julho, e nos dias 02, 03 e 04 de agosto no Rio de Janeiro/RJ, sempre com entrada franca, recebeu também o Prêmio Myriam Muniz 2010 para montagem e o Prêmio Braskem de Melhor Ator 2011, além de elogios por onde tem passado. 

Com a diretora Jezebel de Carli, no ponto de encontro do Festival de Curitiba. 

E para celebrar essa boa fase do meu trabalho - e aproveitar para divulgá-lo também ao público de outros estados - resolvi escrever esse post relembrando todas as minhas peças que já navegaram por aí, de um porto a outro, num grande esforço conjunto entre artistas, técnicos e produtores. Tudo para chegar a um número cada vez maior de espectadores e tornar nossa arte menos regional e estagnada.  

Então é isso. Apertem os cintos e tenham todos uma boa viagem! 


ON THE ROAD 

De todas as peças de minha autoria, até agora a que mais percorreu o país foi - sem dúvida alguma - o monólogo  9 Mentiras Sobre a Verdade, espetáculo da Cia. Teatro Líquido, dirigido por Gilson Vargas e com atuação premiada de Vanise Carneiro (vencedora do Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010). Assim que encerramos a temporada de estreia em Porto Alegre, a peça foi selecionada para um projeto de circulação do SESC e através dele percorreu 8 cidades do RS. A seguir, o espetáculo não parou mais de viajar: foram quase uma dezena de mostras e festivais de teatro Brasil afora: Recife, Brasília, Caxias do Sul, Rio de Janeiro, Londrina, Presidente Prudente, São João da Boa Vista. A peça foi também apresentada no Uruguai em duas ocasiões: uma em Montevidéu, à convite do Teatro El Galpón, e a outra no Teatro Municipal de Rivera, a convite da MAS Produções. Não bastasse isso, o espetáculo fez uma temporada de cerca de um mês em São Paulo, no Teatro Commune. Agora, depois de tantas viagens, a equipe planeja buscar incentivo através de editais de circulação, pois assim as anotações mentais de Lara - a protagonista da peça - poderão ser conhecidas por ainda mais pessoas. A boa notícia é que a Prefeitura de São Paulo convidou 9 Mentiras Sobre a Verdade para mais uma temporada num dos teatros da cidade. Portanto, daqui a pouco estaremos de volta por lá. Assim que eu tiver mais definições de datas e local, eu aviso, podem apostar.   

Luminoso anunciando a peça "9 Mentiras Sobre a Verdade" em Rivera. 

Curiosidades: as duas primeiras peças de minha autoria que saíram do RS foram - coincidentemente - duas encenadas pela então jovem Cia. Espaço em BRANCO: Andy / Edie e Teresa e o Aquário. Além de ficarem em cartaz na capital gaúcha por cerca de um ano e meio e percorrerem algumas cidades do interior do RS, ambos espetáculos foram apresentados a plateias de outros estados - respectivamente, as de São Paulo (Campinas) e Pernambuco (Recife). Em 2006, durante uma viagem que fiz ao exterior, Andy / Edie foi traduzida para o inglês e depois publicada em Português aqui no Brasil em 2007. Já a versão integral de Teresa e o Aquário foi publicada em Portugal no final do ano passado, onde recebeu também uma leitura dramatizada com atores portugueses.

Trabalho em equipe: "9 Mentiras Sobre a Verdade" e MAS Produções.

KEEP WALKING

É evidente que apesar da correria e do cansaço, é sempre bom quando um dos nossos trabalhos cruza territórios e pode, então, ser apreciado por públicos diferentes. Isso é imprescindível para o autor, para o grupo e também para a carreira do espetáculo, pois conhecer a reação de diferentes plateias em diferentes contextos culturais é um movimento importante para a arte teatral e para o artista em geral. E das peças que eu já escrevi (ou criei a dramaturgia), a mais recente a fazer essa transição foi O MAPA_, espetáculo encenado pela jovem Cia. Teatro Geográfico que transpõe justamente as dificuldades de uma viagem por um território hostil (uma adaptação do livro "O Céu Que Nos Protege", de Paul Bowles) e acaba exigindo do público uma participação ativa, tanto pelo deslocamento deste por entre as salas e ambientes de prédios históricos onde a encenação ocorre, quanto pela possibilidade de assistir à peça por dois ângulos distintos: os dos protagonistas Port e Kit. A montagem - que há poucas semanas esteve em cartaz no RJ na sede da Cia. dos Atores para uma brevíssima temporada de imenso sucesso de público - teve desde sua estreia em 2010 diversas temporadas em Porto Alegre, sempre com sessões lotadas. Ano passado o dramaturgo e escritor cubano Reinaldo Montero, de passagem pela capital gaúcha à convite da 58ª Feira do Livro, esteve presente na última apresentação da peça no Centro Cenotécnico e ficou impressionado com a qualidade do espetáculo, deixando registrado seus elogios à toda equipe e elenco. 

Curiosidades: Em 2011 a peça O MAPA_ foi indicada à 9 Prêmios Açorianos de Teatro, incluindo Melhor Espetáculo e Melhor Dramaturgia. A ironia daquela edição do prêmio é que esta peça concorria com outro trabalho também de minha autoria: o próprio Hotel Fuck, que estava indicado em 10 categorias, incluindo Melhor Espetáculo e Melhor Dramaturgia. Mas a ironia maior (ou seja lá como podemos classificar tamanho disparate por parte dos jurados) ainda estava por vir: das 19 indicações que ambas montagens somavam, nenhuma das duas levou um prêmio sequer! Vai entender...   


TO INFINITY... AND BEYOND


Cartaz de divulgação da leitura dramática de "Teresa e o Aquário" em Portugal.

E apesar de todas as coisas boas que têm acontecido até aqui, a sensação é de que ainda há muito chão a percorrer. Depois da publicação de Teresa e o Aquário em Portugal e da leitura dramática de Último Andar em Havana, no mês passado, novos convites para publicações no exterior estão surgindo... E também, é claro, novos convites para escrever peças por aqui. Então, seguindo esse foco de expansão de minha dramaturgia dos palcos até outros territórios (espaciais e formais), tenho o prazer de dividir com quem está acompanhando este texto até aqui uma das notícias mais empolgantes dos últimos tempos: um convite para  transpor uma das minhas peças para as telas de cinema. Através da produtora que cuida da negociação (e por incentivo do próprio diretor), nos próximos dias partirei em viagem de imersão no trabalho, com o objetivo de adaptar o texto ainda inédito e transformá-lo num roteiro de longa-metragem. A função está quase toda acertada, faltando, é claro algumas definições de prazos e datas, mas é provável que as filmagens do longa iniciem ainda no ano que vem. Mas quando chegar a hora vou divulgar por aqui ou no meu programa semanal na rádio (OverDrama, na Mínima FM, o qual apresento toda terça-feira e no qual falo sobre teatro e cinema). Por enquanto, continuo trabalhando exaustivamente nos projetos que vão surgindo, pois apesar da agitação de viagens e tudo mais que possa acompanhar, o que importa mesmo é continuar fazendo coisas das quais possamos nos orgulhar no futuro. E meu trabalho é - com certa absoluta - a mais importante delas.

Obrigado e até breve.




quarta-feira, 29 de maio de 2013

Peça "Último Andar" será lançada hoje em Cuba

Hoje, dia 29 de maio de 2013, às 18h, acontecerá em Havana, Cuba, o lançamento oficial de uma das minhas peças ainda inéditas por aqui: "Último Andar", um drama futurista que comecei a escrever em 2006 e o qual só conclui recentemente. A ação dessa peça - que recebeu o Prêmio Funarte de Estímulo à Dramaturgia em 2007 - se passa num futuro indefinido onde humanos e máquinas já são tão parecidos que se confundem constantemente, gerando uma sensação de medo e tensão permanentes. A trama nos conduz através de um único dia onde sete personagens - dentre eles dois homens misteriosos, um terrorista e uma reles secretária, Sra. Cecília, protagonista da peça - se encontram num prédio localizado bem no meio de uma megalópole que prestes a desaparecer devido a um cataclismo planejado.

LEIA a matéria OFICIAL em espanhol clicando AQUI

LEIA a matéria em português clicando AQUI.


"Último Piso", título traduzido para o espanhol, será lido hoje à noite em Havana. 


Da mesma forma que aconteceu recentemente com Teresa e o Aquário (que foi lançada em Portugal numa coletânea* de autores contemporâneos em língua portuguesa), o texto de "Último Andar" será primeiro apresentado ao público através de uma leitura dramática e, após um tempo, estará disponível numa publicação impressa. O livro, que reúne obras de 12 dramaturgos brasileiros - dentre eles Jô Bilac, Newton Moreno, Rodrigo Nogueira, Aimar Labaki, Ivam Cabral, Paulo Biscaia Filho, Sérgio Roveri e Marici Salomão - teve curadoria do escritor e dramaturgo cubano (e amigo querido) Reinaldo Montero e será publicado em espanhol pela Editora Alarcos, de Cuba. 

Para mais informações sobre o projeto da coletânea, CLIQUE AQUI






*Teresa e o Aquário é uma peça escrita em 2008 especialmente para o espetáculo homônimo da Cia. Espaço Em BRANCO, cujo texto foi arquitetado a partir de diversos fragmentos de estruturas distintas, naquilo que à época eu costumava chamar de "Monólogos Poéticos" ou "Devaneios Espectrais". A peça foi lançada na íntegra (incluindo trechos até então inéditos) em Portugal, em dezembro do ano passado (clique aqui para ler a notícia), durante a 4ª MAD - MOSTRA ANUAL DE DRAMATURGIA. E da mesma maneira que agora, o lançamento se deu também em dois momentos distintos: primeiro através de uma leitura dramática dirigida e interpretada por atores e diretor de lá; depois, a peça foi publicada numa coletânea intitulada "O Inventar de Uma Dramaturgia", edição que reuniu textos de 9 autores portugueses e 3 brasileiros. 


"Teresa e o Aquário" foi publicada recentemente em Portugal.


Portanto, para comemorar esse momento de expansão de territórios da nova dramaturgia brasileira, a qual tenho o duplo privilégio de fazer parte, reproduzo aqui o material de divulgação enviado pela assessoria de imprensa do evento:


"Este evento integra proyecto iniciado en 2011, cuando la compañía de teatro Os Satyros, de São Paulo, participó en el Festival de Teatro de La Habana. En aquel entonces la Embajada de Brasil en La Habana acordó, con la SP Escuela de Teatro, que la compañía teatral brasileña también dirige, establecer el proyecto, cuyo objetivo es dar a conocer la dramaturgia actual de un país en el otro. En ese sentido se inició, y ya se concluyó, la traducción de 12 obras teatrales brasileñas y de 12 obras teatrales cubanas. La publicación de los correspondientes volúmenes, en Brasil, por la Editorial SP Escuela de Teatro, y en Cuba, por la Editorial Alarcos, está prevista para el primer trimestre de 2014. 

Además,  fue realizada en 2012 la 1ª Semana de Lectura Dramatizada de Teatro Brasileño Actual, en la Casa del ALBA de La Habana. A raíz del proyecto, se montó, en el Centro Cultural Raquel Revuelto, con apoyo de la Embajada de Brasil, la obra Delantal todo sucio de huevo , del brasileño Marcos Barbosa, con dirección de Julio Cesar Ramírez. Se pretende dar continuidad al proyecto con nuevas iniciativas que busquen contribuir con el acercamiento y mutuo conocimiento de ambas dramaturgias. 

 Agradeceria la amabilidad de analizar la posibilidad de divulgar la iniciativa. 

Atentamente, 
Sergio Couto,  Agregado Cultural Embajada de Brasil en La Habana 



Lunes, 27 - Expedición de los Amantes de La Máquina, de Francisco Carlos. 
Dirección: Sahily Moreda. 
Visión muy personal e intensa de la aventura amazónica de Lope de Aguirre en 1560-61, con sus sueños, obsesiones y desmanes. 

Martes, 28 - Los que Vienen con la Marea, de Sergio Roveri. Dirección: Raúl Martín. 
El metabolismo de las mareas es la metáfora guía para esta indagación sobre el acaso y su capacidad para provocar cambios efímeros o duraderos en nuestras vidas. 

Miércoles, 29 - Último Piso, de Diones Camargo. 
Dirección: Julio César Ramírez. 

Vecinos de un edificio ascienden poco a poco hasta la última planta para vivir un cataclismo. Otro cataclismo, cotidiano, se nos va mostrando piso a piso. 

Jueves, 30 - El ángel del Pabellón Cinco, de Aimar Labaki. 
Dirección: Rogelio Orizondo. 
La cárcel de Carandirú es parte del imaginario brasileño. Partiendo de Bárbara, de Drauzio Varella, se nos muestra tanto la brutalidad cotidiana como la ternura subyacente. La película Ciudad de Dios, es otra visitación de este mito. 


DATOS DE LOS AUTORES

Francisco Carlos. Dramaturgo y director amazonense con más de cuarenta piezas escritas y más de treinta espectáculos dirigidos, donde se incluyen ópera, comedias musicales, vídeos. Recientemente se vio en São Paulo su contribución en la Muestra de Fenómenos Urbanos Extremos, en el Teatro de Os Satyros. 

Diones Camargo. Dramaturgo, novelista, director, actor, investigador de Rio Grande do Sul. Su primera pieza, Andy/Edie, recibió el Premio Funarte de Dramaturgia 2005. En 2007, su pieza Último Piso fue galardonado con el Premio Funarte de Estímulo a la Dramaturgia. Entre sus textos más recientes se destaca el monólogo Nueve Mentiras Sobre la Verdad e Los Plagiarios, que se alzó con el Premio Açorianos de Teatro 2012. 

Aimar Labaki. Dramaturgo, director, guionista, traductor y ensayista de São Paulo. Comenzó como dramaturgo auxiliar en telenovelas. Sus principales obras teatrales incluyen Vermouth (1998), Motorboy (Premio de Mejor Espectáculo de Teatro Juvenil de la Asociación Paulista de Críticos de Arte 2001), Vestigios (2005) y El Ángel del Pabellón Cinco (2006). 

Sérgio Roveri. Periodista y dramaturgo, nacido en Jundiaí, Estado de São Paulo. Se graduó en la Universidad Católica de Campinas, trabajó en la Editora Abril y en Jornal da Tarde, donde fue reportero, redactor y editor. Se estrenó como autor teatral en 2003 con la pieza Voces Urbanas, seleccionada para el proyecto Agora Metrópoles do Século 21. Sus principales piezas incluyen Encuentro de las Aguas, Extiende las Alas Sobre Nosotros (Premio SHELL al Mejor Autor 2006), Andaime (Premio Funarte de Dramaturgia para Teatro Adulto) y Los que Vienen con la Marea.






segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Rei e o Carrasco - uma ficção sobre Sua Alteza Real, Sr. Roberto Carlos


Roberto Carlos. 

Quem ouviu o OverDrama da terça-feira passada, na rádio Mínima FM, deve lembrar do texto sobre Roberto Carlos que Sofia Ferreira e eu lemos ao vivo. Escrito a convite do jornal Pioneiro e publicado no dia 13/04/2013, a intenção era homenagear o músico através de depoimentos de diversos artistas, profissionais e personalidades do RS. Todos deviam falar sobre algum aspecto marcante da carreira dele, algo que merecesse ser comentado nas páginas do tal periódico. Eu, que nunca fui fã do intitulado "Rei" - e que sempre ouvi falar da sua "proximidade" com o alto escalão do poder durante a ditadura militar no Brasil - criei essa premissa para uma peça hipotética, onde juntei o passado obscuro de Roberto, suas consecutivas batalhas judiciais, ao presente obscurantista do "pastor" Marco Feliciano. No texto abaixo, acrescentei um final impactante, porém coerente com o que se espera desses personagens, se estes fossem mesmo levados à cena. É isso. Se alguém tiver interesse em encenar essa peça, é só me contatar... é claro, isso se a censura não bater antes e se os advogados do "Rei" não impedirem a nossa estreia, como costumava acontecer nos velhos tempos e - no caso dele próprio - costuma acontecer ainda hoje. 

Boa leitura. 


Caderno Almanaque - Jornal Pioneiro | 13/04/2013

O Rei e o Carrasco
Sinopse por Diones Camargo


2013. Num luxuoso prédio do bairro da Urca, no Rio de Janeiro, um homem toca a campainha e é recebido por uma empregada negra vestida com trajes do século XVIII e usando uma peruca branca. O homem se identifica como Zé Paulo, um delegado (na verdade, um ex-agente da ditatura) e velho amigo do dono da casa. A empregada sai para avisar o seu patrão que o tão esperado visitante chegou.

Após algum tempo, entra Roberto Carlos descendo de um elevador vindo do alto, de um ponto onde não se pode ver. Sua incensada voz chega antes. Depois é a vez de seu corpo mutilado - como um Ricardo III da nossa época. Em pânico, o “Rei” expõe a situação catastrófica na qual se encontra: sua biografia não-autorizada, escrita por Paulo César de Araújo está prestes a ser relançada no mercado mesmo após ter sido recolhida das prateleiras anos atrás, a mando de seus advogados. Graças a uma nova lei aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e prestes a ser sancionada pela presidenta do país, a tal lei permitirá a divulgação de imagens e informações biográficas de personagens públicos, a despeito da vontade desses. Por esse motivo, o “Rei” está apavorado com a possibilidade do conteúdo do tal livro de Paulo César ser finalmente levado ao grande público – principalmente as partes em que se refere à sua proximidade com o alto escalão do poder durante os anos da ditadura militar no Brasil. A fim de evitar o escândalo iminente, ele pede ao Mr. DOPS (apelido dado a Zé Paulo pelos seus amigos mais íntimos, quando este ainda era delegado do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo) que encontre um jeito de impedir mais uma vez a divulgação do conteúdo do livro, e de preferência varrê-lo para baixo do tapete da história, tal como havia feito em 1979, quando o ex-mordomo do “Rei” havia tentado o mesmo – ato subversivo que foi impedido por um processo que acabou deixando o pobre homem à beira da miséria e o tal livro atirado ao completo esquecimento.




Preocupado, o Mr. DOPS informa que na atual conjuntura política é quase impossível qualquer impedimento explícito ou amedrontamento ainda que sutil, já que os tempos são outros e que agora a Comissão Nacional da Verdade – órgão que pretende expor ao povo as ações das forças armas e da polícia durante o regime militar, e investiga as violações dos direitos humanos naquele período – está de olho em cada um dos ex-agentes da ditadura, e se alguém os denunciar por abuso de poder ou qualquer outro crime, eles podem vir a se complicar ainda mais. Portanto, além de terem “esqueletos no armário” (e, principalmente, ossos no fundo do mar) o suficiente para se preocuparem pelo resto desta e de tantas outras vidas, qualquer ato impensado que possa parecer resquício de censura será visto com maus olhos pela opinião pública, o que dará mais força à Comissão de Direitos Humanos, instituição que supervisiona de perto a abertura desses arquivos e que pede constantemente a punição dos responsáveis pelos crimes daquela época, tal como vem ocorrendo em alguns países da América do Sul e ao redor do mundo.

Em meio ao desespero de ambos, eles chegam à única solução possível: os dois devem unir forças para, através de seus prestígios na grande mídia e influências políticas, colocar no mais alto trono da Comissão de Direitos Humanos alguém que fará de tudo para atrapalhar o andamento das investigações e o cumprimento da lei; alguém capaz de ser tolerado pela maioria da massa de cordeiros e, assim, impedir definitivamente a divulgação de qualquer documento secreto que possa causar constrangimentos indesejáveis – sejam arquivos repletos de crimes da ditadura militar, seja uma biografia contendo segredos igualmente inconfessáveis. Nesse momento, tomados por um senso de responsabilidade com a história a qual estão intimamente ligados, eles telefonam para alguns dos seus amigos e estes aconselham um único e absoluto nome acima de qualquer outro na face da terra; um nome santo e irretocável: o pastor Marco Feliciano. A partir deste momento, começa a campanha para colocar o deputado no poder a despeito dos seus comentários abomináveis, da reação do povo e da opinião pública brasileira. Tudo isso em prol da conservação de uma ditadura velada que ainda impera no Brasil, com seus ícones culturais e políticos, e suas atitudes e opiniões repletas de conservadorismo e abusos diários de poder.

No final, a peça termina com a empregada negra do Rei sendo chicoteada pelo Mr. DOPS a mando do pastor Marco Feliciano, enquanto Roberto Carlos – alheio a tudo – canta uma de suas melosas e absurdas canções.


Roberto Carlos e o Mr. DOPS da realidade. Para saber mais, CLIQUE AQUI.



quinta-feira, 18 de abril de 2013

"9 Mentiras Sobre a Verdade" faz últimas apresentações em SP


Dirigido pelo cineasta Gilson Vargas (Casa Afogada) e escrito pelo dramaturgo Diones Camargo (Hotel Fuck), o monólogo 9 Mentiras Sobre a Verdade, da Cia. Teatro Líquido, faz suas últimas apresentações de sua temporada em São Paulo, após percorrer diversos festivais nacionais e internacionais. 




Interpretada pela atriz Vanise Carneiro, Lara é uma mulher perdida no limiar entre a realidade e ficção, cuja existência se encontra num momento decisivo onde o cotidiano intolerável parece ser oferecer saída. Pelo seu desempenho sutil, numa atuação repleta de nuances que transita constantemente entre o cômico e o dramático, Vanise recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010, além de diversos elogios da crítica e do público.






CRÍTICAS SOBRE O ESPETÁCULO:


Vanise encontra um registro delicado de dissimulação da ansiedade, deixando escapar pelas frestas de seu discurso e de seus gestos a insegurança e o tormento interno da personagem.

Luciana Ramagnolli, jornalista e crítica teatral, para o site FENTEPP - Festival Nacional de Teatro Presidente Prudente


"O gênero do monólogo no teatro é lembrado muitas vezes por ter um texto pesado e talvez até maçante. Não é o caso dessa peça (...) A atriz Vanise Carneiro possui um magnetismo digno dos ícones da época de ouro do cinema americano. Ela cativa a imaginação do espectador do começo ao fim do espetáculo, com muita leveza e provocando risos e muita identificação entre o público."

Marco Vieira, jornalista e crítico teatro, especial para o site NE10

 “... é um trabalho que prende a atenção e encanta pela qualidade geral e pelas particularidades que evidencia (...) a partir de um texto muito interessante de Diones Camargo, resultando numa encenação concebida pelo próprio autor, a atriz e o diretor Gilson Vargas.

Antônio Hohlfeltd, crítico teatral, no Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul


 “9 Mentiras Sobre a Verdade arranja-se bem nas inversões de expectativas. É teatro apropriando-se sutilmente da linguagem do cinema não para narrar em projeções, mas configurar imagens que as palavras dizem ou que os poucos adereços e objetos vintage deixam entrever no palco.

Valmir Santos, crítico e jornalista, no blog Telejornal



"9 Mentiras" entre os selecionados pela Revista Bravo! (março/2013)




FICHA TÉCNICA 

Texto: Diones Camargo 
Direção: Gilson Vargas 
Elenco: Vanise Carneiro 
Iluminação: Fernando Ochôa 
Vídeos: Gabriela Bervian Cenário  
Figurino: Cia. Teatro Líquido 
Trilha Sonora Original: Gilson Vargas e Gabriela Bervian 

Contato com a Produção: teatroliquidocia@gmail.com 11- 994095831 – Lidia Paula Sahagoff


quinta-feira, 28 de março de 2013

"9 Mentiras Sobre a Verdade" continua em cartaz em SP


Comédia que mistura realidade, ficção, teatro e cinema continua sua temporada no Teatro Commune, em São Paulo, até dia 19 de abril.


Dirigido pelo cineasta Gilson Vargas (Casa Afogada) e escrito pelo dramaturgo Diones Camargo (Hotel Fuck), o elogiado espetáculo da Cia. Teatro Líquido chega a São Paulo após uma intensa trajetória por festivais nacionais e internacionais. Com cerca de 1 hora de duração, 9 Mentiras Sobre a Verdade é um monólogo dinâmico, permeado pelo universo cinematográfico no qual vive a protagonista.




Lara, a personagem deste o solo, interpretada pela atriz Vanise Carneiro, é uma mulher perdida no limiar entre a realidade e ficção, cuja existência se encontra num momento decisivo onde a realidade intolerável parece ser sua única saída. Pelo seu desempenho sutil, numa atuação repleta de nuances que transita constantemente entre o cômico e o dramático, Vanise recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Atriz 2010, além de diversos elogios da crítica e  do público.




Todas as verdades do mundo estão ligadas a uma grande mentira.” Uma das tantas anotações mentais de Lara, provoca auto questionamento. 

Na peça, conhecemos Lara em sua primeira visita a um grupo de apoio a mentirosos compulsivos. A princípio timidamente, depois com desenvoltura, Lara confia ao público acontecimentos de sua vida atribulada, mostrando facetas distintas de uma mesma personalidade: protagonista? Figurante? Estrela de cinema? Dona de casa? Psicóloga? Espiã? Enquanto a trama se desenvolve, o público vai aos poucos conhecendo Lara ao mesmo tempo em que se torna seu cúmplice, muitas vezes se identificando com os pormenores de uma vida comum a todos.

No fim, só resta uma certeza: que todas as verdades do mundo, sejam elas reais ou inventadas, estão ligadas a uma única grande mentira. Mas qual mentira será é essa?




Para mais informações, visite o blog 
www.novementiras.blogspot.com 


O QUE JÁ DISSERAM SOBRE O ESPETÁCULO:


Vanise encontra um registro delicado de dissimulação da ansiedade, deixando escapar pelas frestas de seu discurso e de seus gestos a insegurança e o tormento interno da personagem.

Luciana Ramagnolli, jornalista e crítica teatral, para o site FENTEPP - Festival Nacional de Teatro Presidente Prudente


"O gênero do monólogo no teatro é lembrado muitas vezes por ter um texto pesado e talvez até maçante. Não é o caso dessa peça (...) A atriz Vanise Carneiro possui um magnetismo digno dos ícones da época de ouro do cinema americano. Ela cativa a imaginação do espectador do começo ao fim do espetáculo, com muita leveza e provocando risos e muita identificação entre o público."

Marco Vieira, jornalista e crítico teatro, especial para o site NE10


 “... é um trabalho que prende a atenção e encanta pela qualidade geral e pelas particularidades que evidencia (...) a partir de um texto muito interessante de Diones Camargo, resultando numa encenação concebida pelo próprio autor, a atriz e o diretor Gilson Vargas.

Antônio Hohlfeltd, crítico teatral, no Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul


 “9 Mentiras Sobre a Verdade arranja-se bem nas inversões de expectativas. É teatro apropriando-se sutilmente da linguagem do cinema não para narrar em projeções, mas configurar imagens que as palavras dizem ou que os poucos adereços e objetos vintage deixam entrever no palco.

Valmir Santos, crítico e jornalista, no blog Telejornal 


"9 Mentiras" entre os selecionados pela Revista Bravo! (março/2013)


FICHA TÉCNICA 

Texto: Diones Camargo 
Direção: Gilson Vargas 
Elenco: Vanise Carneiro 
Iluminação: Fernando Ochôa 
Vídeos: Gabriela Bervian Cenário  
Figurino: Cia. Teatro Líquido 
Trilha Sonora Original: Gilson Vargas e Gabriela Bervian 

Contato com a Produção: teatroliquidocia@gmail.com 11- 994095831 – Lidia Paula Sahagoff




SERVIÇO:

O quê: “9 Mentiras Sobre a Verdade”
Onde: Teatro Commune
Endereço: Rua da Consolação, 1218 – Consolação / tel: (11) 3807-0792 - teatrocommune@commune.com.br
Quando: de 14 de março a 19 de abril, quintas e sextas, às 21H
Quanto: R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia (Idosos, Estudantes, Classe Artística e Professores ou mediante apresentação do e-flyer acima)
Capacidade: 83 Lugares
Duração: 60 min



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