No último sábado, 25/05, enquanto se apresentava para uma plateia lotada no Festival Palco Giratório Sesc do RJ, a peça A Mulher Arrastada completava exato um ano de estrada. Produção independente idealizada pelo dramaturgo e roteirista Diones Camargo em parceria com a encenadora Adriane Mottola e a atriz Celina Alcântara, e realizada através de investimento pessoal e colaboração de apoiadores do projeto, a montagem estreou - a convite de Jane Schoninger, curadora e coordenadora de Artes Cênicas do Sesc RS - na programação do 13º Palco Giratório RS na noite de 25 de maio de 2018. De lá para cá, esta peça-manifesto vem conquistando reiterados elogios do público e da crítica, e matérias nos principais jornais e sites do país (para ler trechos de algumas das críticas publicadas, CLIQUE AQUI).
Registro da apresentação do último sábado, 25/05, no Espaço Cultural Escola Sesc - ESEM, no Festival Palco Giratório Sesc RJ. Exatos 12 meses antes, a peça fez sua estreia no Palco Giratório Sesc RS. |
Somado a estas conquistas, desde início de abril A Mulher Arrastada detém um título inédito nunca antes alcançado por um espetáculo gaúcho:
o de ser a única montagem do RS a receber os dois principais prêmios de teatro do RS (Melhor Espetáculo no Braskem Em Cena e no Açorianos de Teatro) e também ser selecionada para itinerar pelo país através do Palco Giratório Sesc – Circuito Nacional. Além disso, nesses curtos 12 meses de trajetória o espetáculo já participou de 8 importantes festivais e mostras tanto no Brasil quanto exterior, das quais se destacam o Porto Alegre Em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas, em setembro do ano passado, o Crítica Em Movimento: Presente, no Itaú Cultural SP, em outubro, e o 8º Festival Internacional Santiago OFF, no Chile, em janeiro deste ano.
Poucos meses após estrear, A Mulher Arrastada foi convidada para importantes mostras no Brasil e no exterior. Foto: Regina P. Protskof |
Escrita em 2016, A Mulher Arrastada aborda a execução de Cláudia Silva Ferreira, mulher negra, pobre, 38 anos, mãe de quatro filhos biológicos e quatro adotivos que foi brutalmente alvejada pela Polícia Militar ao sair de casa no Morro da Congonha (RJ), para comprar pão para sua família; após os tiros, ela teve seu corpo arrastado ainda com vida, em meio ao tráfego da capital fluminense, sob o olhar horrorizado de motoristas e pedestres. Nesta reconstrução para a cena, a peça mostra a figura trágica de Cláudia reivindicando o que havia sido apagado durante a cobertura jornalística do caso: o seu próprio nome, substituído pela impessoal, violenta e cruel alcunha de “Mulher Arrastada”. Além dos idealizadores do projeto, a montagem do texto contou também com a participação de renomados artistas da capital gaúcha, tais como as artistas visuais Isabel Ramil e Zoé Degani, o músico Felipe Zancanaro, o iluminador Ricardo Vivian, a fotógrafa Regina Peduzzi Protskof e a produtora Luísa Barros.
Matéria publicada em 19/05 na versão impressa do jornal O Globo comentando a apresentação que ocorreria no RJ dali a poucos dias. Para ler em versão online, CLIQUE AQUI. |
Além dos dois prêmios de Melhor Espetáculo, a montagem levou também outros 4 prêmios: o Braskem Em Cena de Melhor Atriz 2018 (Celina Alcântara), os Açorianos de Teatro de Melhor Atriz e Melhor Iluminação 2018 (Ricardo Vivian), e o Prêmio RBS TV de Melhor Espetáculo 2018. Também foi indicada ao Prêmio Açorianos de Melhor Direção (Adriane Mottola) e Melhor Dramaturgia para Diones Camargo, que assina a realização do projeto.
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